Pecado Grande, Graça Muito MaiorExemplo

Sempre que uma planta apanha um parasita, convém que seja afastada de outras plantas, caso contrário, o parasita propaga-se, e ficam todas doentes. Além de ser afastada, é necessário tratar dela, matar os bichos e garantir que fica novamente saudável.

O pecado é um bicho persistente. Como um parasita que suga toda a energia da planta e a impede de dar fruto, o pecado destrói, suga a vida que se quer plena. Ao contrário do parasita das plantas, o pecado é-nos intrínseco. Desde a queda, somos todos feitos da mesma fibra. Precisamos ser prontos ao auto-exame, mas a também confessarmos os nossos pecados a Deus e uns aos outros, de nos expormos à possibilidade de sermos corrigidos, em igreja. Não é um passeio no parque, acarreta dúvida, receio, vergonha. Mas nesta troca vulnerável em que as debilidades não são encobertas, há um caminho de duas vias que se abre entre corações redimidos pela graça.

Thomas Watson defendia que o arrependimento genuíno inclui: a visão do pecado, tristeza pelo pecado, confissão, vergonha, ódio pelo pecado e afastamento dele. Não confessamos uns aos outros para obter o perdão que só vem do Pai, mas os benefícios de o fazermos ultrapassam todos os medos. Deus dá-nos a graça de que estes gestos sejam não só pessoais, mas comunitários. Por isso, podemos expor-nos às feridas leais do que ama, ser corrigidos e caminhar com aqueles que caminham com Cristo. Na confissão trazemos o pecado para a luz e fugimos do isolamento que ele produz. Permanecemos na videira juntos e encontramos a alegria imerecida de produzir fruto.

Confessarmo-nos a Deus e uns aos outros é reconhecer que precisamos de perdão todos os dias e que ter a quem prestar contas é um passo consciente que se dá para longe do pecado. É como se, de certa forma, Deus nos chamasse a sermos fiéis jardineiros uns dos outros, ao recebermos e estendermos graça.

Querido Deus, nascemos pecadores e pecadores morreremos. Mas graças ao sangue derramado na cruz, o pecado não tem mais poder sobre nós. Queremos confessá-lo a Ti e uns aos outros em Igreja, para que o Teu amor seja visível aos que ainda não Te conhecem. Queremos amar o próximo como a nós mesmos. Ajuda-nos, Senhor!