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SOBREVIVENDO AO SEU DESERTOExemplo

SOBREVIVENDO AO SEU DESERTO

DIA 9 DE 14

DICA DE SOBREVIVÊNCIA #4

ACENDA UM FOGO   

Outra prioridade para sobrevivermos no deserto é construirmos uma fogueira. O calor do fogo pode secar as roupas molhadas e manter o corpo quente em condições de frio. O fogo também pode purificar a água, através do processo de fervura. Os especialistas dizem que o fogo ainda tem o efeito psicológico de elevar o moral durante uma situação de sobrevivência. O seu calor e luz dão conforto e restauram a confiança, e isso ajuda a pessoa encalhada no deserto a se acalmar e pensar de maneira mais lógica.

Nós também precisamos das vantagens do fogo em nossa vida espiritual. As temporadas no deserto nos tornam vulneráveis ​​a atitudes negativas e o sofrimento pode nos encharcar como uma chuva fria. A raiva pode entrar furtivamente e contaminar os nossos pensamentos. E a desilusão, o maior perigo do deserto, pode nos cegar para a esperança da fidelidade do Senhor, que nos leva para a Terra Prometida. Entretanto, o fogo de Deus consome todos esses perigos. Ele seca a tristeza, faz evaporar a impureza da raiva, e emite um brilho à noite, no deserto, que restaura a nossa fé. O fogo divino traz avivamento no deserto.

Mas como é isso na prática? O que significa o "fogo" de Deus em um deserto pessoal? A história do tempo que Israel passou no deserto novamente nos fornece a resposta.

Como vimos, o período de deserto de Israel foi o tempo designado por Deus para estabelecer sua presença no meio do Seu povo. "Levantou também o átrio ao redor do tabernáculo e do altar e pendurou o reposteiro da porta do átrio.  Assim Moisés acabou a obra. Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo" (Êxodo 40. 33-34). Esse foi o momento em que Deus passou a residir entre o Seu povo. Todavia, isso foi apenas o começo, pois Deus estava estabelecendo ainda muito mais coisas para o Seu povo durante o seu tempo de formação no deserto.

Uma vez estabelecida a Sua presença entre eles, Deus teve de criar uma maneira de o Seu povo se aproximar d’Ele. Em outras palavras, Ele tinha de ensiná-los a adorá-Lo. E o que estava no centro da adoração que Ele lhes deu? O fogo. "Assim Moisés e Arão entraram na Tenda do Encontro. Quando saíram, abençoaram o povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo. Saiu fogo da presença do Senhor e consumiu o holocausto e as porções de gordura sobre o altar. E, quando todo o povo viu isso, gritou de alegria e prostrou-se rosto em terra" (Levítico 9.23-24 – NVI).

O que é, portanto, o nosso "fogo" durante um deserto pessoal? É o culto apaixonado e sacrificial. As provações, ou os períodos de seca, não são tempos para se permitir que as chamas da devoção se esfriem, pelo contrário, estas são exatamente as ocasiões que devemos deixar o fogo queimar. Adoração sincera e sacrificial é o que mantém o olhar fixo na beleza e na verdade de Jesus Cristo nos momentos difíceis. É o que mantém nosso coração em chamas com o amor e a adoração. É esse fogo que afasta a tristeza, a raiva, e a desilusão dos nossos corações. Que frieza ou impureza pode suportar as chamas do amor divino? Qual predador demoníaco ousa chegar perto de um santo, que incendeia a noite como um vulcão de adoração? Uma devoção ardente aterroriza nossos inimigos e atua como uma defesa contra os perigos do deserto e, acima de tudo, agrada a Deus!

É importante lembrar, porém, que não foi Israel que começou o seu próprio fogo; foi o Senhor. Aqueles que se encontram presos em um deserto físico, sem fósforos ou um isqueiro, devem fazer o seu próprio fogo com as matérias-primas que a natureza fornece. Isso pode ser um verdadeiro desafio para aqueles que não têm experiência em técnicas de sobrevivência. Todavia, este é um desafio que não se aplica ao deserto espiritual, pois nunca precisaremos nos preocupar em acender o nosso próprio fogo; é Deus quem o faz. E assim como o fogo saía da presença do Senhor para o altar de Israel, do mesmo modo Ele acende a chama em nosso coração. Deus Pai já nos deu o Espírito Santo quando nascemos de novo. E o Senhor Jesus, então, nos batiza no Espírito Santo pela graça. O espírito de adoração vem de Deus em forma de um dom. Não temos de olhar para as circunstâncias que nos cercam em busca de inspiração, pois quando olhamos para o Senhor, podemos redescobrir o grande fogo que arde dentro de nós.

É nossa função manter esse fogo aceso. É Deus quem começa, mas Ele nos ordena mantê-lo. "Mantenha-se o fogo continuamente aceso no altar; não deve ser apagado” (Levítico 6.13 – NVI). Devemos fazer parceria com o Senhor como mordomos da adoração no deserto. Paulo nos diz: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Romanos 12.1). Mais à frente, ele acrescenta: "fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Romanos 12.11). Deus nos deu o Seu Espírito, mas nós somos responsáveis ​​por alimentar Sua chama por meio da adoração, durante os tempos difíceis. Assim, Paulo exorta os crentes a avivar a chama do Espírito: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 5.18-20).

A adoração que sai do fundo da nossa alma toca o mais íntimo do coração de Deus. O Senhor não esperou que Israel se estabelecesse em Canaã, para só depois instituir a adoração de Israel a Ele. Deus ateou-lhes o fogo da adoração no deserto, antes de chegarem à Terra Prometida. Ele não podia esperar que eles aprendessem a adorá-Lo somente depois que alcançassem sucesso e adquirissem uma identidade. Ele teve de ensiná-los a adorar a fim de forjar a sua identidade; caso contrário, sua adoração seria "fogo estranho", apenas uma fachada religiosa de adoração, sem presença ou substância – sem o próprio Deus.

O caráter de Israel tinha de ser provado pelo fogo durante o sofrimento nas terras áridas do Sinai. Eles não poderiam acender o fogo em si mesmos apenas quando chegassem ao destino. Tinham de sair do deserto já em chamas por Deus. Por esta razão, o Senhor apareceu em particular a Moisés, no meio de uma sarça ardente no deserto. Ele estava simbolizando a identidade essencial do Seu povo. Israel era um arbusto no deserto em chamas por Deus. Deus tomou aquele arbusto enquanto queimava com a Sua glória, e o plantou na Terra Prometida.

É a mesma coisa conosco. Deus nos leva ao deserto para acender o fogo em nós. E, então, Ele poderá conduzir as pessoas ao seu destino; pessoas que aprenderam a adorar  a Ele – verdadeiramente – com um coração fiel e fervoroso. Não podemos nos tornar sacrifícios puros de amor, se aprendermos a adorar somente sob as condições mais ideais, durante os cultos mais emocionantes, ao som da música mais linda, e com os melhores músicos. Temos de aprender a adorar no deserto. Se não podemos nos inflamar por Deus no deserto, então não poderemos nos colocar em chamas por Ele em lugar nenhum. Por outro lado, se podemos adorá-Lo na obscuridade do deserto, então Ele poderá nos usar em público. Pois então as nossas  chamas consistirão em glória incandescente, em vez de paixão carnal. Esta é a maneira de Deus criar verdadeiros adoradores. Então, não desperdice o seu deserto, mas transforme-o em um templo de glória.

Se você perdeu a percepção do fogo divino em meio às duras condições do seu deserto pessoal, então volte-se novamente para Deus. Afinal, você possui a chama de Deus que queima dentro de você. Busque a comunhão do Espírito dentro de você e descubra novamente o zelo d’Ele para glorificar a Jesus e adorar ao Pai. A despeito de suas circunstâncias e sentimentos, abra o seu coração e permita que a adoração flua de sua boca. Lembre-se de Sua maravilhosa graça, de Sua misericórdia e do dom de Jesus Cristo dado a você. Dê graças de todo o coração. Adore com a sua alma. Não porque esteja sentindo, mas porque o Senhor é digno – principalmente no deserto. Quando você se colocar no altar desta maneira, as chamas de Deus vão te consumir como um sacrifício vivo. E o fogo resultante irá proteger o seu coração, alimentar a sua alma, e iluminar a sua noite. Consuma o seu deserto com as labaredas da adoração!

Na semana que vem veremos a Dica de Sobrevivência #5: Beba Água

Dia 8Dia 10

Sobre este Plano

SOBREVIVENDO AO SEU DESERTO

Como prosperar em tempos de crise? O deserto é um lugar difícil, mas é tão crucial para nossas vidas quanto é doloroso. Apesar dos momentos no deserto parecerem terrivelmente adversos e de solidão, Deus está com você e deseja usar este tempo para o seu bem! Os textos destas devocionais vão fazer você olhar para a Bíblia como um "Guia de Sobrevivência" espiritual nos momentos de deserto.

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Gostaríamos de agradecer ao CfaN Christ For All Nations por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.cfan.org.br/deserto/