ConvergênciaExemplo
Buracos
Algumas vezes Deus nos coloca em um buraco na terra para que morramos, porque Ele sabe que se a semente não morrer não dará fruto! Nada mais avesso aos nossos instintos mais fortes e primitivos que procuram o tempo todo pela vida, pela autopreservação e pelo prazer.
Fez-me lembrar do que Jesus diz em Mateus 16.25: “Aquele que quiser salvar a sua vida nesse mundo, perde-la-á, mas quem a perder, por amor de mim, encontra-la-á” (ARA).
Abrir mão, entregar o controle, parece condição sine qua non, ou seja, essencial, para que algo novo tenha início. Foi isso que Deus fez com Moisés no deserto, é isso o que Ele continua a fazer com os seus filhos.
Esses buracos são lugares escuros, absolutamente desconfortáveis que nos obrigam a enfrentar os nossos medos e nos questionar, repensar a nossa vida, a nossa fé. São espaços de expurgo, de limpeza das emoções e da alma.
Nosso tempo nesses lugares costuma ser tão intenso que, com facilidade, nos esquecemos de que a promessa não é a morte, que o fim não é o buraco, mas o fruto e a vida.
Costumamos levar mais tempo do que o necessário nesses buracos, porque queremos sair deles com uma versão repaginada de nós mesmos, mas quando Jesus nos coloca neles, isso não é possível. Só saem de lá novas criaturas, pessoas transformadas.
Jesus propõe a ‘perda’ como condição para um novo encontro. O abrir mão, o deixar, o abandonar, como premissa para preservar. De certa forma o sentido da vida está na morte. Em morrer para si mesmo, abrir mão do controle.
Administrar nosso próprio ego dá muito trabalho. A realização da nossa própria vontade nos faz escravos dos nossos próprios desejos, de nós mesmos. Viver ensimesmado não é viver, voltar-se para dentro é perder a oportunidade de um olhar para fora, de observar a vida que todos os dias teima em acontecer diante dos nossos olhos, enquanto, de forma propositada e seletiva, insistimos em olhar para dentro.
Moisés fora colocado na fenda de uma rocha para que Deus fizesse passar diante dele a sua Glória e lhe revelasse a sua bondade. O objetivo de Deus é que não mais vejamos com os olhos, escutemos com os ouvidos, mas desenvolvamos as habilidades da fé. Que não tenhamos mais as nossas emoções tão condicionadas pelas circunstâncias, os nossos humores reféns do que pensam, dizem ou fazem as pessoas. Que não mais entendamos ou percebamos o mundo como nos foi ensinado por homens, mas de acordo com a perspectiva e sabedoria de Deus, que é loucura para os homens.
Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus (1Coríntios 1.18).
Você entende agora o que significa a provação pela qual está passando hoje? Entende por que está lendo este Plano de Leitura? Deus te ama e quer manifestar a sua glória e bondade a você. É uma oferta sem precedentes de ajuda. É bobagem tentar proteger aquilo que não temos, zelar por alguma coisa que já não faz mais sentido. O fim não é o buraco, o desespero. Não se esqueça da promessa que foi feita antes a Moisés:
Quando a minha glória passar, eu o colocarei numa fenda da rocha e o cobrirei com a minha mão até que eu tenha acabado de passar (Êxodo 33.22, grifo do autor).
Alguns buracos precedem a manifestação da glória do Senhor. Anime-se, a glória do Senhor vai passar diante daqueles que se permitirem morrer e transformar por Deus, no buraco.
As Escrituras
Sobre este Plano
Será que existe um propósito de Deus para esse exato momento da sua vida? Esse Plano de Leitura de cinco dias faz parte do livro Convergência escrito pelo pastor Evandro Besa e cada uma das reflexões diárias servirá para a sua cura e libertação, bem como para um chamado poderoso de Deus a respeito do nosso destino.
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Gostaríamos de agradecer ao Evandro Besa por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.instagram.com/evandrobesa/