Advento: de Onde Brota a EsperançaExemplo

Promessa de Redenção

A narrativa bíblica e suas personagens são fascinantes. Em alguns casos, há relatos extensos e cheios de detalhes com diversos livros que nos dão perspectiva e entendimento; em outros, porém, há apenas uma pequena menção, quase que passageira, mas digna de ser estudada e compreendida. Falemos sobre alguém que recebe apenas três versículos para chamar de seus, a profetisa Ana, no Novo Testamento.

A história dela aparece apenas no Evangelho de Lucas. Brevemente, apresenta o nome de seu pai, relata sua viuvez e mostra o quanto Ana esperava a redenção de Israel. Também sabemos que, após experimentar a tragédia na morte de seu marido, ela escolheu “não se afastar do templo, cultuando a Deus dia e noite com jejuns e orações” (Lc 2.37), e que estava presente no dia em que Maria e José foram apresentar Jesus, conforme a tradição.

Algo que pode passar despercebido ao ler a passagem é o fato de ela estar naquele momento no templo. Por muito que fosse parte de sua prática diária, foi o cumprimento de suas orações!

O povo judeu respirava as promessas de redenção. Desde a tenra idade, eles aprendiam as histórias, as leis e as promessas de que um dia viria um descendente de Davi e seu reinado seria eterno (2Sm 7.16; Lc 1.32-33). Eles ativamente esperavam pelo Filho da promessa, aquele que viria esmagar a cabeça da serpente. Esperavam e oravam. Ana passou décadas esperando e orando.

Quando celebramos o nascimento de Jesus, um convite nos é feito: voltar nosso coração para a promessa da redenção. Da mesma forma que ele veio na primeira vinda, a Palavra nos promete que ele voltará e nunca mais haverá choro, dor e separação.

Um convite a esperar e orar, assim como Ana esperou e orou e seus olhos viram o Salvador.

“Acaso Deus não fará justiça a seus escolhidos que clamam a ele dia e noite? Continuará a adiar sua resposta? Eu afirmo que ele lhes fará justiça, e rápido! Mas, quando o Filho do Homem voltar, quantas pessoas com fé ele encontrará na terra?” (Lc 18.7-8).

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Texto: Ana Duarte

Arte: Miguel Salvador

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