Resiliência em tempos difíceisExemplo

A importância de meditar na palavra

Por toda a Bíblia encontramos versículos que falam sobre a importância de meditar na palavra de Deus e tê-la escondida no coração. Porém, com a agitação da vida diária, quantas vezes abrimos mão da leitura e meditação das Escrituras porque não conseguimos tempo para isso. No texto de Deuteronômio 6.6, Moisés deixa claro ao povo de Israel: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam no seu coração”. Mas como fazer algo entrar e permanecer no coração? O próprio Moisés explica como isso é possível do versículo 7 ao 9: “Ensine‑as com persistência aos seus filhos. Fale sobre elas quando estiver sentado em casa e quando andar pelo caminho; quando se deitar e quando se levantar. Amarre‑as como sinal nas mãos e prenda‑as na testa. Escreva‑as nos batentes das portas da sua casa e nos seus portões”.

O segredo está na repetição. Para ensinar algo, antes precisamos aprender. A instrução de Moisés é ensinar sobre essas palavras aos filhos. Então precisamos ler e entender o que elas querem dizer para ensinarmos aos filhos. Talvez você pense: “Eu não tenho filhos”. Mas o próprio Jesus, em Mateus 28.18-20, disse que deveríamos ir e fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo que nos ordenou. Portanto, todos são chamados a ensinar o que Jesus nos ordenou.

Sendo assim, a orientação de Moisés continua válida. Devemos falar sobre isso quando estivermos sentados em casa, andando pelo caminho, ao nos deitarmos, ao levantarmos, mantendo-a à vista, escrevendo partes dela em diversos locais visíveis. Ou seja, a palavra de Deus precisa estar presente em nosso cotidiano.

Um evangelista começou seu ministério nos anos 1980, quando as Bíblias eram extremamente escassas. Por ser um pregador itinerante, ele não podia ficar muito tempo discipulando os convertidos. Assim, ele inventou um método inovador de autodiscipulado. De cada cem convertidos, ele escolhia cinco pessoas e lhes dizia: “Vocês irão liderar uma reunião semanal de 20 pessoas”. Então, ele levava os cinco líderes a um riacho e escolhia cinco pedras lisas para cada um deles. Em cada pedra, esculpia um versículo da Bíblia e as entregava a cada um, dizendo: “Toda semana, deem uma das pedras a uma pessoa diferente. Deixem que as pessoas vivam o verso, pensem nele, levem-no para a roça e o coloquem perto da tigela de arroz. Então, na semana seguinte, quando vocês se reunirem, peçam a todos que compartilhem o que Deus lhes disse a respeito do versículo na pedra. Façam isso com as cinco pedras. Enquanto eles estiverem segurando a pedra, não poderão ser interrompidos. Depois que a largarem, vocês poderão ampliar a discussão aos outros. No final da reunião, deem as pedras a outros cinco membros da comunidade. Eu os verei em seis meses para ver como estão indo e darei outros cinco versículos”.

Na realidade, era comum que demorasse bem mais de seis meses para o evangelista voltar, mas quando ele aparecia, para sua surpresa, descobria que quase todos perseveravam na fé. Apesar de termos tantos livros para ler e a Bíblia disponível em muitos formatos, será que realmente conseguimos nos assegurarmos de que as palavras de fato importantes estão no fundo de nossos corações?