Resiliência em tempos difíceisExemplo
Quem realmente somos?
A tentação sempre está relacionada à identidade. Quem nós realmente somos? Jesus sabia quem era e, antes de ser tentado, tinha acabado de ouvir isso daquele que realmente tem autoridade (Mateus 3.17). Então, o próprio Espírito leva Jesus ao deserto para ser tentado. Isso quer dizer que existem desertos pelo qual passamos que somos levados pelo próprio Espírito. Ao falar sobre tentação, é importante ter em mente que o tentador não tem pressa, ele sempre vai esperar nosso momento de necessidade.
Nós caímos em tentação quando cremos e vivemos a partir do que o Diabo diz a nosso respeito. Ou seja, cair em tentação é se esquecer de quem você é. E o exemplo de Jesus revela três formas de cairmos em tentação. A primeira é acreditar que eu sou aquilo que eu sinto. Isso acontece quando nos definimos a partir da nossa fome. Jesus estava com fome, mas não deixou que isso afetasse sua identidade. Ele sabia que era filho de Deus.
Para evitarmos cair nesse tipo de tentação, é preciso refletir: Quais são meus afetos e desejos? Mas, se quisermos cair em tentação, basta seguirmos nosso coração. A palavra de Deus deixa isso claro em Jeremias 17.9 e Provérbios 14.12. Sendo assim, não podemos confiar no que sentimos.
A segunda forma de cair em tentação é acreditar que eu sou aquilo que eu faço. Isso significa se definir a partir da sua performance. Jesus poderia se jogar do alto do templo para que seus anjos lhe segurassem? Provavelmente sim, mas ele sabia que não precisava provar que era filho de Deus dessa forma, ele sabia que seu valor não estava associado ao que fazia, mesmo tendo autoridade para fazer muita coisa. Mas quantos de nós se sentem úteis apenas a partir do que sabem fazer e só conseguem dizer quem são falando o que fazem. Entretanto, Jesus nos afirma: “Sem mim vocês não podem fazer nada” (João 15.5b).
A terceira forma de cair em tentação é acreditar que eu sou aquilo que eu tenho, o que me faz achar que meu valor vem a partir do que conquisto. O Diabo oferece para Jesus todos os reinos do mundo e seu esplendor, mas Jesus sabia que ser filho de Deus não estava associado ao que ele tinha. Isso quer dizer que o Diabo ofereceu a Jesus o reino sem a cruz. Satanás estava basicamente dizendo: “Não faça todos esses sacrifícios, como tocar nos leprosos, passar noites de agonia em oração e acabar sendo torturado por soldados e tendo uma morte horrível. Apenas aceite tudo agora... das minhas mãos!”.
Um pregador coreano que atua em uma igreja doméstica na China explica: “A igreja tem, com frequência, a mesma tentação. O Diabo nos oferece poder sem sofrimento. Eu hospedei cinco pastores norte-americanos de ascendência coreana. Eles trouxeram material de leitura. Bom até certo ponto, mas havia qualquer menção ao sofrimento? Não! E quando ouvi-os pregar, observei que o sofrimento também estava ausente em seus sermões. Quando esses pastores pregam à Igreja Perseguida e falam de tudo menos do sofrimento, eles estão tirando a cruz da vida cristã”.
Sendo assim, devemos ter consciência de quem somos, identificando o que sentimos, fazemos ou temos. Além disso, não devemos tentar viver uma vida livre de sofrimentos, afinal a vida cristã sempre estará associada à cruz. Que tenhamos em mente o que Paulo deixou registrado em 2Coríntios 4.17: “Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos produzem para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”.
As Escrituras
Sobre este Plano
Nos dias atuais, tentamos evitar de todas as formas o sofrimento, mas a Bíblia nos ensina que são os momentos difíceis que moldam e fortalecem a nossa fé. Aprenda a encontrar resiliência na palavra de Deus e com aqueles que enfrentaram as provações mais difíceis.
More
Gostaríamos de agradecer ao Portas Abertas por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://missao.portasabertas.org.br/conheca