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No caminho para Cafarnaum
O que seria o discipulado? Alguns responderiam que é um método de acompanhamento; outros, talvez, dissessem que é uma estratégia de fundamentação e continuidade em uma igreja. Quando penso sobre o discipulado, acredito que ele deve me levar a uma palavra: comunhão. E, ao falar sobre a questão da comunhão, não me refiro apenas a estar junto ou até mesmo fazer parte de uma igreja. Quando penso em comunhão, lembro do que está escrito aos crentes da Galácia na carta de Paulo, capítulo 6, verso 2: “Levai as cargas uns dos outros”.
Discipulado é estar disposto a carregar cargas, mesmo que essa carga seja eu ou você. Estamos prontos para isso? Vejamos o que nos ensina o texto sagrado. Nele, encontramos alguns personagens: o paralítico, os quatro homens, a multidão, os escribas e o próprio Cristo. Um milagre acontece em Cafarnaum. O aleijado é levado pelos seus quatro amigos, vencendo a multidão, e, após o encontro com Jesus, tem seus pecados perdoados. Mesmo com o escárnio dos escribas, aquele homem é curado e volta para sua casa livre de todo mal. Sendo assim, ao final, o Senhor Deus é glorificado. Sigamos o texto para nossas lições.
Em primeiro lugar, há um paralítico que precisa de cura, e o único que pode fazer o milagre é Jesus (vv. 1-3). Todos precisamos ter a consciência de que somos “paralíticos”, carentes de Deus, em nossos mais diversos problemas e desafios. Não há um só ser humano em toda a terra que possa dizer: “Eu sou autossuficiente”, pois a mínima dor de cabeça o fará olhar para os céus. Conta-se a estória de um ateu que estava dentro de um avião, conversando com o passageiro ao lado.
Enquanto viajavam, ele derramava sua filosofia e pensamento ateísta, defendendo com unhas e dentes que a questão da existência de Deus era superficial. Dali a pouco, o avião passou por um momento de severa turbulência, deixando até mesmo sua sustentação e despencando centenas de metros em poucos segundos. Em meio a toda essa situação, percebe-se aquele que se diz “ateu” com os olhos fechados e fazendo suas orações. Eu não sei se essa estória é verdadeira, mas sei que todo homem, ao se deparar com grandes lutas, olhará para o Senhor, e isso fazemos porque precisamos urgentemente de Deus.
Em segundo lugar, há ali quatro homens que carregam o paralítico até Jesus (vv. 3-5). Lembra do que eu disse no início? Discipulado é carregar cargas, mesmo que essas cargas sejam eu e você. E é isso que está acontecendo literalmente. Aqueles quatro homens abriram mão de seus próprios planos e decidiram abençoar o paralítico. Como é bom quando o Senhor levanta pessoas com esse objetivo! Estamos em um mundo onde as pessoas estão cada vez mais individualistas, a ponto de até desconfiarmos quando alguém quer se aproximar de nós e nos abençoar. Precisamos estar mais abertos a receber ajuda de outras pessoas. Deus levantará alguém para te ajudar. Creia!
Em terceiro lugar, temos a multidão e os escribas (vv. 2, 6-7). Preste bem atenção no que eles querem. A multidão quer ter seus problemas resolvidos, e os escribas estão ali apenas para espionar. E como há gente assim ao nosso redor! Gente que não se importa com o problema do paralítico, que, com certeza, é bem maior do que o que eles estão enfrentando, pois estar na situação desse homem na maca é, sem dúvida, muito mais sério do que um problema de “multiplicar pães e peixes”, por exemplo. Mas, movidos por seus corações gananciosos, não pensam no próximo. O deles é sempre o primeiro. Cuidado com essa turma. O segundo grupo, os escribas, está ali apenas para questionar o milagre. Não querem receber nada de Jesus, pois, segundo a sua própria justiça, nada precisam. Mas querem se intrometer na bênção dos outros. Você já encontrou com essa turma? Cuidado com eles também.
Por último, temos o próprio Cristo (vv. 5, 8-12). Se você observar bem o texto, o milagre que este paralítico recebe é muito maior do que sua cura física. Ele teve seus pecados perdoados. Creio que o milagre do perdão dos pecados é muito maior do que a cura física, pois Jesus realizou este primeiro, o que nos ensina que, em tudo o que Deus fizer em nossas vidas, Ele, em primeiro lugar, nos alcançará em nossas almas, perdoando nossos pecados, para depois nos sarar fisicamente. Louvado seja o Seu Nome. Ele sabe o que realmente precisamos.
Concluímos este breve devocional citando o poeta romano Horácio, que diz: “Não introduza um deus no palco a menos que o problema seja tal que mereça um deus para resolvê-lo” (ec deus intersit, nisi dignus vindice nodus inciderit). No caminho de Cafarnaum, o Deus que controla tudo o que acontece no palco e nos bastidores se revela, sendo assim glorificado: “Jamais vimos coisa assim!” (Mc 2.12). Amém, amém e amém.
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Questões para reflexão:
1.Por que Jesus primeiro perdoou os pecados do paralítico?
2.Você tem sido como os amigos do paralítico, enfrentando as multidões e se colocando à disposição para dividir o peso dos problemas do seu irmão?
3.Você tem dependido do Senhor?
As Escrituras
Sobre este Plano
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Jesus percorreu um longo caminho transformando a vida das pessoas até o dia em que Seu amor foi levado ao extremo, quando Se entregou na cruz do Calvário. Neste plano de leitura, você entenderá o impacto do trajeto percorrido por Cristo até Sua morte e ressurreição. Seja edificado através do conteúdo devocional: “No Caminho”.
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Gostaríamos de agradecer ao Igreja Presbiteriana de Manaus - IPMANAUS por fornecer este plano. Para mais informações, visite: instagram.com/ipmanaus