COMO ORAR - O encontro surpreendente com o EternoExemplo
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ORAÇÃO DE LOUVOR
Lá no início, disse Deus: “haja” e “houve”. Foi dessa maneira que Deus criou os céus, a terra e tudo o que neles há: deu vontade, declarou com sua palavra e tudo o que se vê veio à existência. Simples assim! Para onde nossos olhos se voltarem, teremos motivos para nos maravilharmos com a força, beleza, criatividade, variedade, precisão e funcionalidade da criação. Quer seja a olho nu, pelo microscópio ou pelo telescópio, vemos a perfeição e grandeza de Deus estampada por todo o lugar.
Ver a olho nu é suficiente para perceber maravilhas por todo lado. Um beija-flor batendo suas asas 80 vezes por segundo, a digital do dedo polegar única dentre sete bilhões de pessoas no mundo, a tartaruga nadando no oceano há mais de 150 anos, o guepardo correndo na savana a 115 km/h, um besouro puxando um objeto 1.141 vezes seu próprio peso corporal, uma oliveira do Líbano chegando a 6.000 anos de idade, o preciso movimento solar sendo acompanhado diariamente pelo girassol, o movimento das pequenas mãos de um bebê recém-nascido. Essa lista é interminável. Tudo na criação nos deixa estupefatos! Como declamou o salmista: Grandes são as obras do Senhor, consideradas por todos os que nelas se comprazem (Sl 111.2).
Ver pelo microscópio nos dá acesso ao maravilhoso mundo das células que compõem todo ser vivo. No ser humano são cerca de 100 trilhões células. Cada uma contém todas as informações necessárias para reproduzir-se e transmitir suas características à geração seguinte, que preveem tanto aspectos qualitativos de nossa composição (cor dos olhos, forma da boca etc.) quanto aspectos quantitativos (comprimento dos pés, tamanho do nariz etc.). Estão armazenadas em um cromossomo com 3044 genes distribuídos em 246 milhões de bases numa fita contínua de DNA. Se multiplicarmos todas as informações genéticas contidas em uma única célula por 100 trilhões de células, perceberemos que somos o maior complexo de informações existente na face da terra. Esta fita de DNA mede cerca de 1,5 metro, multiplicado pelo número de células, formaria uma fita de 150 trilhões de metros, suficiente para ir e voltar a distância da Terra ao Sol mais de 500 vezes. Por isso, mesmo sem acesso à tecnologia, revelado pelo Espírito Santo, o salmista declarou: Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe (Sl 139.13).
Ver pelo telescópio nos dá acesso ao Universo observável estimado em cerca de 93 bilhões de anos-luz de diâmetro. Esse número se refere à parte do Universo que podemos observar ou detectar, com base na distância que a luz pôde viajar desde o Big Bang (aproximadamente 13,8 bilhões de anos atrás). Como o Universo se expande, esses 13,8 bilhões de anos resultam em um raio observável de aproximadamente 46,5 bilhões de anos-luz, considerando a expansão constante do espaço. Essas estimativas vêm de observações feitas por cientistas usando telescópios de alta precisão, como o Telescópio Espacial Hubble e, mais recentemente, o Telescópio Espacial James Webb, além de medições de fundo de micro-ondas cósmico captadas pelo satélite Planck. Ou seja, demoraria bilhões de anos para ir de uma ponta a outra viajando na velocidade da luz (300 mil km/s), com cerca de 10 bilhões de Galáxias Grandes, dentre as quais a Via Láctea, onde se encontra o sistema solar, constituído pelo sol com 99% da massa total, sendo 1% distribuído por nove planetas, dentre os quais a Terra, onde estamos localizados em alguma parte dela. É possível perceber a grandeza disso tudo em termos de distância, volume e quantidades? Admirado diante dessa paisagem, o salmista cantou: Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos (Sl 19.1).
Pense comigo: se uma obra de arte de uma linda paisagem é vendida por milhões, quanto deveria receber quem fez a paisagem? Se um cientista recebe um Prêmio Nobel por decifrar o código genético, que prêmio deveria receber quem criou a genética? Se uma agência espacial recebe o reconhecimento público por suas descobertas no universo, qual reconhecimento deveria receber quem criou o universo? Vamos nos deleitar no Deus de toda a criação e nos deixar maravilhar pelas suas grandes obras. Pois isso cantaremos na eternidade: Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.
Oração de louvor, portanto, é feita na proporção do que conhecemos e reconhecemos da ação criadora do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nosso louvor será proporcional à percepção que temos. Quanto mais nos impressionarmos com sua Criação lá longe ou ao nosso redor, maior será nossa expressão de elogio e admiração. Nossa oração de louvor não terá fim, pois as obras de Deus não têm fim. O maior livro de louvor na Bíblia encerra assim: Todo o ser que respira louve ao Senhor. Aleluia! (Salmos 150.6)
As Escrituras
Sobre este Plano
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Expressões como “pode orar por mim?”, ou “precisamos orar mais!”, via de regra, associam oração ao ato de pedir, interceder, clamar. De fato, pedir faz parte, mas está longe de ser tudo o que oração significa. Durante este plano, você será estimulado a ampliar sua experiência de oração à medida que ficar mais claro a anatomia da oração. Anatomia da Oração é a expressão que está sendo utilizada aqui na busca de se entender as partes que compõem uma vida de oração saudável. O plano foi inspirado no livro Como orar: o encontro com o Eterno, de Rodolfo Montosa.
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Gostaríamos de agradecer ao Editora Vida & Caminho por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.vidaecaminho.com.br