A OraçãoExemplo

A oração de Daniel

No capítulo 9 do livro de Daniel, encontramos a oração do profeta e a resposta a ela. Podemos observar o tempo, a ocasião e o modelo de sua oração, assim como as circunstâncias que a cercam (Dn. 9.1-3). As partes da oração são bem direcionadas ao Deus de Israel (Dn. 9.4), incluindo a confissão de seus próprios pecados e dos habitantes da terra, dos reis, príncipes e do povo em geral (Dn. 9.5-15). Segue o pedido de misericórdia (Dn. 9.16-19). Em seguida, a resposta de Deus: o momento em que foi ordenada e dada, e a pessoa que a trouxe a Daniel, são expressos no texto (Dn. 9.20-23). Daniel recebe a visão das setenta semanas, nas quais tanto a obra do Messias quanto o tempo de Sua vinda são claramente apontados (Dn. 9.24-27).

Num exame mais detalhado das profecias de Jeremias, compreenderemos como o Senhor Deus concedeu a Daniel o discernimento exato sobre o tempo e os acontecimentos.

Daniel, entendendo pelas profecias de Jeremias que o cativeiro de 70 anos estava prestes a terminar, derrama sua alma em oração a Deus e implora fervorosamente pelo perdão e pela restauração de seu povo cativo. Ao suplicar assim a Deus em favor de Israel, o anjo Gabriel é enviado para informá-lo sobre as 70 semanas proféticas, ou 490 anos naturais, que deveriam decorrer desde o édito - para reconstruir Jerusalém e o templo até a morte do Messias (v. 13-27).

Esta profecia se cumpriu exatamente de acordo com o evento, conforme o cálculo dos melhores cronologistas. Dean Prideaux afirma que o início dessas 70 semanas proféticas ocorreu no mês de Nissan, no ano correspondente ao período de 3546 a 458 a.C. Quão terrivelmente cegos estão os judeus que, em contradição com uma profecia tão clara, ainda esperam pelo Messias que foi cortado e, depois de sofrer, entrou em Sua glória.

“(...) eu, Daniel, entendi pelos livros...” (v. 2). A profecia mencionada aqui encontra-se em Jr. 25.12 e 29.10. O povo deve ter ficado satisfeito com a inspiração divina de Jeremias, ou suas profecias não teriam sido coletadas tão rapidamente nem cuidadosamente preservadas. Parece que Daniel tinha uma cópia dessas profecias em suas mãos.

A vinda do Senhor está tão próxima, mas estamos como o povo de Israel, sem entender a cronologia dos tempos, mesmo tendo a revelação (Bíblia) em nossas mãos. A volta do Salvador se aproxima, e estamos anestesiados, vivendo o presente século como se só ele existisse. A inércia espiritual tem levado muitos líderes espirituais a uma cegueira que não enxerga além do tempo presente. Senhor, ajuda-nos a contar nossos dias. Ainda há tempo para arrependimento e confissão de pecados pessoais, da nossa comunidade e nação.

“Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha” (Ap. 16.15).

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Questões para edificação:

1. Que escritura profética levou Daniel a orar e a jejuar?
2. O que a escritura dizia?
3. Com base no estudo, qual ação devemos tomar em nossa vida agora?

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Pr. Francisco Wellighton G. Farias, pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana de Manaus.