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O Poder da Oração

O que fazer quando enfrentamos dificuldades? Vivemos em uma época que se preocupa cada vez mais em capacitar cada um de nós para resolver situações e desafios. Temos cursos sobre como prosperar, como gerar recursos, como ter bons casamentos, famílias saudáveis e ministérios frutíferos. Tudo isso é muito bom.

Mas chega um momento em nossa vida em que todos esses recursos não são suficientes. E agora? O que devemos fazer? Sabe qual é a resposta que aprendemos com nossos irmãos da Igreja Primitiva? Orar.

Há um momento em que a única coisa que podemos fazer é levantar os olhos aos céus e orar ao Senhor nosso Deus. Você já está vivendo esse momento? Que coisa boa! Isso é sinal de que Deus o está chamando para conversar com Ele.

Em Atos 3, Pedro e João estão indo ao templo para orar. No caminho, encontram um homem aleijado desde o seu nascimento. Pelo poder de Deus, aquele homem é curado e, agora, não apenas Pedro e João, mas um terceiro entra no templo para adorar ao Senhor. Todos ficam atônitos e começam a glorificar a Deus.

Seria realmente um momento de grande gratidão ao Senhor pela cura daquele homem. Contudo, ao invés de palavras de gratidão, Pedro e João são presos, acusados e ameaçados. A orientação era para que não falassem mais no nome de Jesus. Todavia, aqueles dois estavam cheios de Deus e responderam: “(…) não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4.20).

Eles são soltos com uma grave exortação e, agora, de volta à comunidade da fé, compartilham o ocorrido. A perseguição estava começando e se fortaleceria ainda mais. Qual seria o procedimento da igreja diante de tudo isso?

Em primeiro lugar, a igreja orou unanimamente (vv. 23-28). Todos se uniram a Pedro e João em oração. Os dois apóstolos puderam compartilhar o que haviam vivenciado e receberam de toda a Igreja um sentimento de partilha, unidade e corpo. “Ora, se um membro padece, todo o corpo padece com ele” (1Co 12.26). I. Howard Marshall, em seu comentário, diz que “o efeito da perseguição foi unir os membros da igreja de tal modo que houvesse um desejo comum de orar”. Ainda podemos citar, neste ponto, a forma de oração que fizeram. Reconheceram a soberania de Deus (Soberano Senhor) e basearam-se nas Escrituras (“que disseste por intermédio do Espírito Santo”).

Em segundo lugar, a igreja orou por intrepidez (v. 29). Esta palavra, no grego, pode ser traduzida como “falar abertamente, sem medo”. A igreja poderia orar para que Deus guardasse Seus servos da perseguição, para que cessassem as palavras de ameaças ou até mesmo para que fizesse chover fogo do céu para consumir os inimigos. Mas não. A igreja pediu ao Senhor que Ele continuasse dando coragem para anunciar o Evangelho. Lembro-me de uma conversa com um pastor chinês trazido ao Brasil pela Missão Portas Abertas (que apoia a causa das Igrejas Perseguidas), e, em suas palavras, ele disse: “Irmãos brasileiros, não peçam para que Deus cesse a perseguição na China. Peçam para que Deus nos dê ousadia para continuarmos fazendo a Sua vontade”. Esse era o desejo também dos cristãos neotestamentários.

Em terceiro e último lugar, a igreja orou por manifestação divina (v. 30). Devemos orar para que Deus se manifeste em nosso meio com sinais, prodígios e maravilhas. É certo que há muita coisa falsa nesse meio, em alguns círculos, mas não é porque existe o falso que desprezaremos o verdadeiro. De jeito nenhum! O Reverendo Hernandes Dias Lopes, em seu comentário, escreve que “a Igreja tinha agenda aberta para as manifestações portentosas de Deus”.

Oremos ao Senhor e não esperemos nada menos do que um agir maravilhoso, trazendo grande derramamento do Espírito, salvação de almas, arrependimento verdadeiro, quebrantamento de coração, curas de enfermidades, libertação dos oprimidos e milagres.

Concluo este breve devocional citando o verso de número 31: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”.

Busquemos ao Senhor. Uma igreja que ora vive de forma diferente. Ela anda por fé, crê no milagre de Deus e agradece por tudo o que a alcança, sabendo que Deus é soberano e está no controle de todas as coisas. Amém.

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Questões para edificação:

1.O que Pedro e João fizeram para serem presos?

2.Qual foi a decisão dos apóstolos diante da proibição do Sinédrio de falar sobre Cristo?

3.Como deve ser a oração da Igreja em tempos de adversidade?

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Pr. Arieuston Gomes Araújo Netto, pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana de Manaus.