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Génesis 37:5-36

Génesis 37:5-36 ARC

Sonhou, também, José um sonho, que contou aos seus irmãos; por isso o aborreciam ainda mais. E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: Eis que estávamos atando molhos, no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho. Então lhe disseram os seus irmãos: Tu, pois, deveras, reinarás sobre nós? Tu, deveras, terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam, por seus sonhos e por suas palavras. E sonhou ainda outro sonho, e o contou aos seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. E contando-o ao seu pai e aos seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos, eu e a tua mãe, e os teus irmãos, a inclinar-nos perante ti, em terra? Os seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração. E os seus irmãos foram apascentar o rebanho do seu pai, junto de Siquém. Disse, pois, Israel a José: Não apascentam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-te-ei a eles. E ele lhe disse: Eis-me aqui. E ele lhe disse: Ora vai e vê como estão os teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebron, e José veio a Siquém. E achou-o um varão, porque ele andava errado pelo campo, e perguntou-lhe o varão, dizendo: Que procuras? E ele disse: Procuro os meus irmãos; dize-me, peço-te, onde eles apascentam. E disse aquele varão: Foram-se daqui; porque ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotan. José, pois, seguiu os seus irmãos, e achou-os em Dotan. E viram-no de longe, e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele, para o matarem. E disseram uns aos outros: Eis, lá vem o sonhador-mor! Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma besta-fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos. E ouvindo-o Ruben, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida. Também lhes disse Ruben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele, para livrá-lo das suas mãos, e para torná-lo ao seu pai. E aconteceu que, chegando José aos seus irmãos, tiraram a José a sua túnica, a túnica de várias cores, que trazia. E tomaram-no, e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela. Depois, assentaram-se a comer pão; e levantaram os seus olhos, e olharam, e eis que uma companhia de ismaelitas vinha de Gilead; e os seus camelos traziam especiarias, e bálsamo, e mirra, e iam levar isso ao Egito. Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá em que matemos o nosso irmão, e escondamos a sua morte? Vinde, e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja a nossa mão sobre ele: porque ele é nosso irmão, nossa carne. E os seus irmãos obedeceram. Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito. Tornando, pois, Ruben à cova, eis que José não estava na cova; então rasgou os seus vestidos, E tornou aos seus irmãos, e disse: O moço não aparece; e eu, aonde irei? Então tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue, E enviaram a túnica de várias cores, e fizeram levá-la ao seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será, ou não, a túnica do teu filho. E conheceu-a, e disse: É a túnica do meu filho; uma besta-fera o comeu; certamente, foi despedaçado José. Então Jacob rasgou os seus vestidos, e pôs saco sobre os seus lombos, e lamentou o seu filho, muitos dias. E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; recusou, porém, ser consolado, e disse: Na verdade, com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura. Assim, o chorou seu pai. E os midianitas venderam-no, no Egito, a Putífar, eunuco de Faraó, capitão da guarda.