Desacelere: Meditações Para Mentes AnsiosasExemplo

 10. ORE, SIMPLESMENTE, ORE

“Aceitar a vontade providencial de Deus não significa que deixaremos de orar sobre o resultado final. [...] Assim, podemos orar por socorro e livramento numa situação que desencadeia nosso estado de ansiedade, mas devemos orar sempre prontos a aceitar a vontade providencial de Deus e a confiar que, não importa o resultado, sua vontade é  melhor do que nossos planos e desejos.” Jerry Bridges[1]

A caminhada com Cristo é leve, muito especial e segura, e uma das várias demonstrações do amor dele para conosco é o presente “oração”. Em muitos momentos de aflição, quando temos uma confusão de pensamentos, lutamos até ter um momento de intimidade com Deus de leitura da Palavra e oração. Mas, depois, quando nos rendemos a conversar com ele e aprender com sua Palavra, como sentimos paz...  Orar traz muitas bênçãos para a vida da mulher cristã. Quando oramos...

● Podemos perceber mais a presença de Deus (Sl 145.18), porque as suas qualidades se tornam mais vivas a nós à medida que conversamos com ele e que percebemos sua mão nas circunstâncias da nossa vida que foram apresentadas a ele.

● Podemos receber o que pedimos para Ele pela oração. Ele é um Pai amoroso que, por meio da oração, responde aos pedidos de Suas filhas (Mt 7.7,11; Sl 40.1; Mt 21.22). Ele é capaz de tudo (Ef. 3.20, Fp 4.19), remover qualquer obstáculo, curar qualquer doença, dar qualquer presente, de nos capacitar para fazermos algo, desde que isso seja para o nosso crescimento (Tg 4.3) e que estejamos sendo obedientes (Tg. 5.16; Pv 28.9). E, mesmo quando diz “não” para algo que gostaríamos muito, ele está trabalhando na nossa vida e tem o melhor para nós. Ele é bom o tempo todo, apesar de as circunstâncias nos desestimularem a pensar dessa forma (Sl 34.8).

● Sentimos paz! Em Filipenses 4.7, aprendemos que depois de conversar com Deus a respeito de nossas preocupações e agradecer por elas, a paz dele, que excede todo entendimento, tranquiliza a nossa mente. Deus é muito bondoso conosco, sempre nos dá a força e o meio do qual precisamos para passar pelo que vem adiante.

● Podemos expressar nossa dor! Outro aspecto da oração pouco comentado, mas que também tem a ver com derramar-se diante de Deus é o lamento. O livro de Lamentações é um exemplo disso. Deus nos ensina a lamentarmos para ele, isto é, expressar nossa dor a ele, concordando com o que ele tem permitido. É sofrer, mas sem reclamar, sem desconfiar que a vontade de Deus é a melhor e, em seguida, se lembrar das promessas de Deus. Jesus, quando pediu para Deus passar o cálice se possível fosse (Mt 26.39), demonstrou o que era um lamento. Precisamos fazer isso também, não somente pedir para Deus, não somente agradecer e adorar, mas lamentar, contar para ele nossa dor. Não porque ele não a conheça, mas porque, pela sua Palavra, nos ensina a fazer isso.

Deus sempre responde as orações. Em alguns momentos, ele nos ensina a depender dele por anos, antes de nos atender com um “não” ou com um “sim”, mas em meio à espera, precisamos apenas confiar. Ele responderá. As orações que Deus não responde são aquelas feitas de maneira egoísta (Tg 4.3), sem fé (Tg 1.5-8), quando o pecado não é confessado (Is 59.2; Sl 66.18; Jo 9.31), quando há conflitos interpessoais não resolvidos (Mt 5.23,24; 1Pe 3.7) ou simplesmente as que não fazemos (1Ts 5.17). Dessa forma, percebemos que a oração é um antídoto contra a ansiedade também e que ela traz muitas bênçãos para nossas vidas, por isso, precisamos conversar com Deus sempre, não em cada segundo do dia, necessariamente, mas ter a disposição de fazê-lo em qualquer segundo. Precisamos orar, simplesmente, orar.

Que tal parar agora para conversar com Deus, reconhecendo suas maravilhas em sua vida, contando sobre os desafios dela, lamentando-se, se for necessário, agradecendo por tudo o que ele tem feito e pedindo pelo que necessita? Que tal montar um calendário de oração semanal para te ajudar a organizar seus pedidos e agradecimentos? Segue uma sugestão na imagem.

[1] BRIDGES, Jerry. Pecados Intocáveis. São Paulo: Vida Nova, 2012. Págs 64-65