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SOBREVIVENDO AO SEU DESERTOExemplo

SOBREVIVENDO AO SEU DESERTO

DIA 7 DE 14

DICA DE SOBREVIVÊNCIA #2 - PARTE 5

O DESERTO DA PROMOÇÃO   

O "Deserto da Oposição" de Israel, que vimos na última devocional, na verdade começou como um "deserto da promoção”. Sua desobediência atrasou sua vitória por quarenta anos. O plano original de Deus, no entanto, era treinar Israel no deserto apenas por um curto período de tempo – não mais que dois anos. Mas por que Deus queria treinar o seu povo no deserto?

Deus prometeu ao seu povo que iria "livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los para uma terra boa e vasta, onde manam leite e mel" (Êxodo 3.8 – NVI). Esta terra seria sua casa para sempre (Isaías 60.21); "a glória de todas as terras” (Ezequiel 20.6 – NVI); o lugar de onde Israel guardaria os mandamentos do Senhor (Salmos 105.44-45), e irradiaria a Sua grandeza para as outras nações (Isaías 42.6). Em sua terra, Israel iria florescer como o Reino do Céu na Terra, uma luz sobrenatural incorporando a glória do caráter de Deus para o mundo.

Esse é um destino maravilhoso! Deus deu a Israel uma bênção que incluía serviço, privilégio e liderança a nível global. Tal chamado exige uma humildade e uma lealdade extraordinárias. Por isso, Deus os conduziu por meio do deserto. Ele os estava testando para ver se eram dignos do seu chamado; preparando-os para algo único e incrivelmente especial – um lugar incomparável na história. Diante disso fica fácil entender por que Deus tinha de colocá-los à prova. Ele precisava saber se poderia confiar-lhes uma missão tão importante. Ele tinha de prepará-los para serem seus nobres embaixadores às nações.

"E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem. Nunca se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Sabes, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o Senhor teu Deus" (Deuteronômio 8.2-5 – NVI).

Leia esta última frase novamente. A disciplina do Senhor não é apenas corretiva; ela também é preparatória. É um Pai amoroso treinando Seus filhos para um legado real no Reino! "É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?... Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados" (Hebreus 12.7,10-11).

O Senhor desejava que as futuras gerações entendessem que o deserto não fora planejado inicialmente para servir de castigo pelo pecado. Também não era um engano, ou fruto da incapacidade de Deus de cumprir Suas promessas. O deserto de Israel era um campo de treinamento para se alcançar a grandeza. Era o "deserto da sua promoção".

É a mesma coisa com a gente. Deus deu a cada crente o mais alto chamando – "participar da Sua santidade" (Hebreus 12.10 – NVI). E o que significa participar da Sua santidade? Veja como Paulo coloca esta questão: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8.28-29).

Cada um de nós foi chamado para ser como Jesus. É isso que significa participar de Sua santidade. Somos chamados para participar da Sua natureza – a personificar nosso Senhor no amor, no caráter, na sabedoria, e no poder. Foi por isso que Deus nos salvou. Ele nos justificou para que pudesse nos moldar à imagem de Seu precioso Filho. Assim, o mundo poderia ver a glória de Deus – ao vivo e em pessoa – através de nós. Existe algum chamado mais importante, ou algum propósito mais grandioso e nobre? Que grande privilégio poder fazer parte da família de Deus! E assim como o nosso chamado geral é revelar Cristo ao mundo, nosso chamado específico é revelá-Lo dentro de nossa esfera pessoal de influência – nossos relacionamentos, nosso trabalho, nossa vizinhança, e com nossos dons.

Isto significa que necessitamos ser treinados. Precisamos aprender a confiar em Deus e não em nós mesmos. Temos de permitir que Deus nos transforme em belos vasos cheios do Espírito Santo, e que não vivamos mais segundo os nossos desejos carnais, mas segundo o caráter de Cristo. Quão inestimável é a Sua imagem em nós! Assim como a nossa alma não pode ser comprada com ouro ou prata, mas somente com o precioso sangue de Jesus, da mesma forma a imagem de Cristo não pode ser adquirida por um baixo preço. Sim, é um dom dado livremente quando cremos; mas o seu "desenvolvimento" na vida diária tem um preço alto (Filipenses 2.12). Não é possível nos tornar santos experientes, manifestando Cristo naturalmente em meio a circunstâncias difíceis, da noite para o dia. Essa maturidade não acontece como em um forno de micro-ondas. Precisamos de um pouco mais do que uma aula ou uma reunião da igreja. Isso não será possível nem mesmo em um culto de avivamento. (Apesar de todas estas sugestões serem úteis e nos fornecerem valiosos tesouros espirituais.) Não, o tornar-se semelhante a Jesus só ocorre na aspereza e na confusão da vida real.

Esse é o propósito para o deserto. Quando Deus deseja nos elevar a um novo nível de autoridade espiritual, Ele não apenas nos coloca rapidamente nesta posição; primeiro Ele nos prepara. Ele nos treina e aperfeiçoa antes de nos elevar a uma nova dimensão de nosso destino. Se resistirmos ao processo, resistiremos à promoção. Simples assim.

O deserto é um processo. É um momento duro, difícil, quando Deus nos despoja de nossos recursos e nos obriga a olharmos para Ele de uma maneira nova. Deus não quer pessoas superficiais. Ele não quer filhos que saibam como agir de modo espiritual na igreja, ou quando a vida é fácil, mas quando uma pressão mais grave ou uma injustiça sobrevêm, reagem da mesma maneira que um mundano faria. Deus deseja um povo como Seu Filho – totalmente maduro; pessoas espirituais que passaram por terras desérticas e saíram brilhando como as estrelas. "Se ele me provasse, sairia eu como o ouro" (Jó 23.10).

O martelo e o cinzel de Deus forjam em tais pessoas fé, maturidade, e caráter verdadeiros. Elas tiveram uma genuína e fundamental experiência com Deus, e agora se parecem com Jesus: são mansas, amorosas, fortes e verdadeiras. Não conseguimos alcançar tais resultados tão rapidamente e nem a preço tão baixo. Elas vêm apenas através do doloroso fogo divino da adversidade, e resulta no doce espírito do caráter de Cristo.

O caminho de Israel para a Terra Prometida passou pelo deserto. E por causa da sua resistência demonstrada através de murmurações e rebelião, a primeira geração vagou no deserto sem destino, até que todos os murmuradores morressem. Da mesma forma, antes de José realizar seu sonho de grandeza, ele foi moldado no interior seco da rejeição e da cova da prisão. Todavia, mesmo passando por tudo isso, José permaneceu fiel a Deus e se tornou o segundo homem mais poderoso do mundo, ao lado de Faraó.

José precisava estar preparado para tamanha glória. O adolescente que se gabava de seus sonhos pode até ter sido um bom menino, mas não estava nem um pouco preparado para governar o Egito. Ele precisou de anos do calor do fogo para se tornar um homem de Deus. Até mesmo Jesus, "embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem" (Hebreus 5.8-9). Antes da promoção precisamos passar pelo processo; antes da ressurreição precisamos passar pela morte.

Não podemos ignorar a disciplina do Senhor. Alguns tentaram e acabaram comprometendo sua vida e trazendo ruína sobre si. Eles procuraram ignorar o deserto porque "não reconheceram os meus caminhos” (Hebreus 3.10 – NVI). Eles queriam receber o prêmio sem pagar o preço, o sucesso sem a escola, a coroa sem a cruz. Mas Deus não trabalha dessa forma. O caminho para a glória passa por terras áridas. Assim, avalie a sua situação e veja se você está passando pelo deserto da promoção.

Pode ser que o Espírito esteja usando esta devocional para mostrar onde você se encontra espiritualmente no deserto da promoção. E se for isso, você tem uma vantagem maravilhosa, pois pode avaliar sua situação com precisão, saber o que Deus está fazendo, e descobrir como responder. Arrependa-se caso você tenha murmurado e lutado contra Deus. Volte-se para o Senhor e ouça o Seu Espírito. Tenha ânimo; Deus está com você. Acredite em Suas promessas, não importa o quanto elas contradigam suas circunstâncias. Confesse suas falhas com fé verdadeira, antes que se acostume com elas a ponto de não se importar. Insista em obedecer e confiar no Senhor. Deixe todo o processo moldá-lo à imagem de Cristo. Você terá uma grande recompensa e cumprirá o seu destino. Como Smith Wigglesworth disse: "Apenas o ouro derretido pode ser moldado".

Hoje concluímos a dica de sobrevivência #2 – Avalie a Situação. Amanhã veremos a Dica de Sobrevivência #3: Procure Abrigo.

Dia 6Dia 8

Sobre este Plano

SOBREVIVENDO AO SEU DESERTO

Como prosperar em tempos de crise? O deserto é um lugar difícil, mas é tão crucial para nossas vidas quanto é doloroso. Apesar dos momentos no deserto parecerem terrivelmente adversos e de solidão, Deus está com você e deseja usar este tempo para o seu bem! Os textos destas devocionais vão fazer você olhar para a Bíblia como um "Guia de Sobrevivência" espiritual nos momentos de deserto.

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Gostaríamos de agradecer ao CfaN Christ For All Nations por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.cfan.org.br/deserto/