Eu sou o pão da vida

O pão está presente em quase todas as culturas do mundo. Feito dos mais diferentes tipos de farinha, com fermento ou sem, para os gostos mais distintos. É uma comida barata, ao alcance da maioria das pessoas. E por mais que o comamos, nunca enjoamos dele. O cheirinho de pão novo, recém-saído do forno, enche a boca de água. O dia começa mais pleno com ele.

No tempo da peregrinação do povo de Israel pelo deserto, quando saíram do Egito rumo a Canaã, houve um outro tipo de pão, que tinha um gosto amendoado. O nome dele era Maná, que em hebraico significa: “O que é isso?” O povo de Israel não conseguia distinguir o seu novo alimento e lhe deram um nome que confirmava seu espanto.

Não é à toa que Jesus disse que ele é o pão da vida que desceu do céu. Ele é encontrado tão facilmente quanto o pão da nossa padaria. E ele é tão extraordinário e raro como o Maná. Diante dele, nossa alma encontra alimento e se sente tão espantada como os primeiros israelitas: O que é isso?

Essa foi a confusão dos primeiros ouvintes dessa palavra de Jesus. Eles também perguntavam: “O que é isso?” quando ouviram Jesus dizer que ele era o pão que desceu do céu. Porque Jesus tinha multiplicado os pães e agora todo mundo queria andar perto dele. Há pessoas que querem os benefícios de Jesus, mas não querem ser verdadeiramente alimentadas por ele. Mas as bençãos duram apenas nessa vida. Jesus quer nos dar muito mais do que coisas nesta existência, sejam elas bens, saúde, família ou qualquer outra coisa, por mais legítima que ela seja.

Jesus explicou a diferença entre ele e o Maná (João 6.22-47) exatamente nesses termos. O maná precisava ser colhido todos os dias e, se fosse guardado para o dia seguinte, apodrecia e dava bichos. Cristo, ao contrário, alimenta para sempre e jamais perde a sua validade! Sua graça e amor não se estragam nunca!

Para refletir:

1. De que maneira você se sente alimentado em sua vida com Cristo? Que práticas ajudam você a sentir-se mais fortalecida Nele?

2. Você consegue perceber a relação entre este “Eu sou” de Jesus e a experiência comunitária da Santa Ceia? De que maneiras a Ceia pode nos alimentar hoje?

3. Há um ditado que diz que “Evangelismo é um mendigo ensinando a outro mendigo onde existe pão”. Que fomes temos hoje? Que fomes têm hoje as pessoas ao nosso redor? Como Cristo pode suprir esta fome?