Advento: de Onde Brota a EsperançaExemplo

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O que fazemos quando chegamos a um consultório médico e precisamos ficar mais de trinta minutos aguardando ser atendidos? Logo pegamos nossos smartphones e começamos a rolar infinitamente as redes sociais, sedentos por estímulos que nos ajudem a aliviar qualquer tipo de tédio. Não suportamos parar, nem por poucos minutos, para simplesmente estar em silêncio, repousar a mente, aliviar a atenção.

E assim entramos no fluxo automático do mundo digital. Como se rolar o feed fosse capaz de curar o coração. Acontece que, horas e horas no Instagram, noites inteiras na Netflix podem se tornar um desgaste. Sem nem sequer notarmos, a vida automática pode facilmente nos afastar das pessoas que amamos, das Escrituras Sagradas e até do próprio Deus. Vamos fazer o caminho contrário e voltar ao cenário nada automático do nascimento de Jesus.

Em Lucas 1 e 2 vemos uma série de eventos que apontam para o nascimento de Jesus: a concepção virginal pelo Espírito Santo, a ordem de recenseamento, a longa viagem para Belém, a falta de hospedaria e o curral que acolheu aquela simples família. Maria e José passaram por todos esses momentos, sendo eles difíceis ou não, e Lucas 2.19 nos diz que Maria “guardava todas essas coisas no coração e refletia sobre elas”. Ela não estava vivendo de forma automática aqueles momentos, mas sim de forma intencional. Ela percebia o agir de Deus em cada um deles, e guardava em seu coração tudo o que estava vivendo.

Nesta época de Advento, somos convidados a tomar a decisão de abrir mão do automático, pausar e refletir sobre nossa jornada: estamos presos no mar de distrações, tentando apagar os momentos comuns e difíceis da vida ou estamos vivendo como Maria, que ouve a voz do Senhor, compreende a sua vontade e reflete sobre o que ele tem operado em nós?

Não desperdice sua vida, mas reflita no que Deus está fazendo e falando, seja nos momentos em que a alegria é abundante ou nos momentos em que você não encontra saídas. Saia do modo automático, ouça a voz do Senhor e entregue sua vida ao único que pode (re)carregá-la: Jesus Cristo.

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Texto: Pedro Ittner

Arte: Carolina Ribeiro

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