Renovação da Mente & Identidade EspiritualExemplo

A primeira coisa a notar é que a renovação da mente não é algo pronto e acabado; não é uma coisa imediata. E hoje, com o grande avanço tecnológico que experimentamos, queremos ter cada vez mais as coisas de forma instantânea, ao alcance de um clique na tela do nosso smartphone.

Ao invés, a renovação da mente é algo que se insere num processo que inicia com nossa consagração a Deus. Noutras palavras, sem nos consagrarmos a Deus não teremos uma mente renovada. E a consagração é muito clara na exortação que Paulo faz para que apresentemos nossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

Embora estejamos interessados no processo de renovação da mente e o que ele acarreta para nossa identidade espiritual, talvez seja necessário determos um pouco nossa atenção nos aspectos envolvidos neste chamado inicial à nossa consagração a Deus. E o motivo para isso parece evidente, não é mesmo? Sem consagração não existe renovação de mente, e sem renovação de mente não existe transformação (ou, mais precisamente, “metamorfose”), e sem esta transformação não temos nossa identidade espiritual conformada à imagem de Cristo. Tudo começa, portanto, na consagração.

É muito importante notar que o chamado à consagração é colocado na forma de um pedido. Mais precisamente, de acordo com o sentido do verbo empregado no original, na forma de uma exortação, ou de um encorajamento: “Rogo-vos, pois, irmãos”. Ou seja, não se trata de algo imposto; não se trata de uma obrigação, de uma exigência, mas de uma doce exortação do Espírito Santo: “não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor” (Zacarias 4:6).

É evidente que, se você quiser vivenciar a identidade espiritual que Deus tem preparado para cada um dos Seus filhos e, consequentemente, exercer a autoridade espiritual genuína, você terá que experimentar este processo que inicia na consagração e passa pela renovação da mente. Não há outra maneira; não há alternativa; não há atalhos na nossa caminhada com Deus. É do jeito de Deus, e não do nosso. Estamos falando do soberano Senhor do universo. Mas Deus, gentilmente, aguarda nossa atitude de consagração a ele. É exatamente isso o que vemos refletido neste pedido de Paulo.