De Perdidos a RedimidosExemplo

Um Filho Perdido
Essa história, descrita pelo evangelista Lucas, pode ser traduzida como uma história de amor e redenção, na qual um Pai amoroso aplica, inexoravelmente, o Seu amor gracioso para redimir e resgatar Seus filhos da perdição.
O contexto dessa parábola contada por Jesus refere-se a dois grupos de pessoas descritos nos versículos 1 e 2, onde lemos que “aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para ouvi-Lo. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.” Ou seja, Jesus estava pregando para um grupo de publicanos e pecadores, e também para outro grupo, composto por fariseus e escribas.
A pergunta é: qual a diferença entre esses dois grupos? Os publicanos e pecadores viviam à margem da Lei e não obedeciam às suas regras e práticas. Já os fariseus e escribas buscavam rigorosamente cumprir a Lei, mas de forma legalista.
Então, Jesus faz uma analogia sobre a história desses dois grupos, narrando, nesta perícope, a história de dois filhos: o mais moço e o mais velho.
Em primeiro lugar, Jesus apresenta o estado de depravação do filho mais novo (vv. 11-16). Jesus diz que o “filho mais moço” pediu ao Pai sua parte na herança, saiu de casa e, no mundo, dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente e irresponsavelmente (v. 13).
E, sobrevindo uma grande fome àquele país, não tendo mais nada, chegou ao estado mais humilhante para um judeu. O texto diz que ele “desejava fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam” (v. 16). Essa era a condição do filho mais moço: um estado de degradação espiritual, perdido e longe da casa do Pai.
Em segundo lugar, Jesus apresenta o imensurável amor do Pai (vv. 17-24). As implicações da degradação moral, existencial e espiritual fazem com que o filho mais novo “caia em si”, reconhecendo seu estado pecaminoso e, levantando-se, vá ao encontro de seu pai, desejando ser recebido ao menos na condição de servo.
Mas o texto diz que o Pai avista de longe seu filho e toma a iniciativa de ir ao seu encontro, abraçando-o, beijando-o e vestindo-o, evidenciando o imensurável amor do Pai para com o filho mais novo.
Em terceiro lugar, Jesus apresenta a maravilhosa Graça do Pai (vv. 21-24). Após a confissão do filho, o Pai promove a reconciliação e dá uma grande celebração pelo seu retorno: “(...) comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se” (vv. 23-24). Na aplicação desta história, podemos aprender: quando estamos longe da casa do Pai, vivenciamos o significado da miséria. Mas, ao retornarmos para a casa do Pai Amoroso, descobrimos o significado da misericórdia.
Em quarto lugar, Jesus apresenta o estado de depravação do filho mais velho por seu legalismo (vv. 25-30). Jesus diz que, ao saber da notícia de que o seu irmão havia retornado para casa e que o Pai celebrou com uma festa, o filho mais velho ficou extremamente indignado e questionou seu Pai por ter tomado aquela atitude. Ele, que sempre esteve na casa, trabalhou como servo, cumpriu todas as suas ordens, e nunca o Pai lhe tinha matado sequer um novilho para celebrar com ele. Jesus está falando sobre os fariseus que, muitas vezes, estão dentro da casa do Pai, mas não desfrutam da Graça, vivendo sob o rigor da Lei e, por conseguinte, totalmente perdidos pela cegueira do legalismo.
Em quinto lugar, Jesus apresenta a promessa redentora do Pai ao filho mais velho (vv. 31-32).“Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu” (v. 31). Toda a queixa do filho mais velho ao seu Pai, marcada pelo legalismo, cegou o seu coração. Isso demonstra que o filho também estava totalmente perdido dentro da casa do Pai. A beleza dessa história é que o Pai chama o seu filho mais velho para entrar e celebrar com Ele. É possível que existam pessoas que, mesmo na casa do Pai, estejam perdidas e carecendo da Graça de Deus, que precisam sentir verdadeiramente sua filiação no Senhor. Deus chama aqueles que se encontram nessa condição para se regozijar com a salvação na casa do Pai Amoroso (vv. 31-32).
Concluindo, o ensinamento dessa parábola serve tanto para os que estão fora quanto para os que estão dentro da casa do Pai. Deus nos ama e sempre irá ao nosso encontro como expressão do Seu perdão e da Sua maravilhosa Graça.
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Questões para edificação:
1-Qual foi a reação do filho no momento de dificuldade? (vv. 17-18)
2-O que o Pai fez quando avistou o filho mais moço? (v.19)
3-O que acontece quando o irmão mais velho descobre sobre a comemoração?
4-Qual o ensinamento deixado pelo Pai para o filho mais velho? (vv.31-32)
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Pr. Francisco Chaves dos Santos, pastor efetivo na Igreja Presbiteriana de Manaus.
Escritura
Sobre este plano

A IPMANAUS convida você a mergulhar no plano de leitura "De Perdidos a Redimidos", um devocional de 6 dias que revela o poder transformador do amor e da graça de Deus. A partir das histórias de Nicodemos, do filho pródigo, da dracma perdida, do jovem rico e de uma vida sem direção, vemos que ninguém está fora do alcance do olhar de Jesus. Não fomos nós que O encontramos, foi Ele quem nos buscou, nos chamou e nos resgatou, em Sua graça soberana. Um convite a refletir sobre a misericórdia de um Deus que jamais desiste de nós.
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Gostaríamos de agradecer ao Igreja Presbiteriana de Manaus - IPMANAUS por fornecer este plano. Para mais informações, visite: instagram.com/ipmanaus