Esperança na MadrugadaExemplo

Uma vez, uma das minhas filhas levou a boneca eletrônica para o banho. Eu já tinha avisado que não podia. Várias vezes. Mas ela foi lá, escondida, e… pluft. Água e circuito elétrico — você já sabe como termina essa história.
Em meio a lágrimas, negociações e pedidos dignos de um comitê da ONU, ela disse que ia comprar outra. Eu respondi que não, porque ela precisava aprender a cuidar e, além disso, não tinha dinheiro. Então, com a confiança de quem resolve problemas internacionais com giz de cera, ela disse: “Então eu vou comprar o dinheiro.”
Eu ri por dentro, mas fiquei pensando: quantas vezes eu também tentei “comprar o dinheiro” da minha própria salvação?
A maternidade me revelou algo profundo: eu sou mais parecida com minha filha do que gostaria de admitir. Antes de ser mãe, achava que sabia de tudo. Que tinha algum controle sobre a vida. Depois que meus filhos nasceram, percebi que, na verdade, eu só equilibrava pratos imaginários… e todos caíram.
A maternidade desarmou minhas certezas e me mostrou o quanto eu dependo da graça. Da graça que não posso fabricar, conquistar ou comprar.
Em 1 Timóteo 2:15, Paulo diz:
“A mulher será salva através da maternidade, se permanecer em fé, amor e santidade, com autocontrole.”
Por muito tempo, não entendi isso. “Ser salva pela maternidade?” Será que basta ser mãe para garantir o céu? Hoje vejo claramente: não é um troféu por noites mal dormidas, nem uma troca justa — “você aguenta três bebês chorando e o céu está garantido”.
Não. A maternidade nos salva porque ela nos escancara. Mostra quem realmente somos: frágeis, limitadas, insuficientes, incapazes de agradar a Deus por nós mesmas.
É nesse lugar de vulnerabilidade que a graça se manifesta. É quando caímos de joelhos e confessamos:
“Senhor, eu não consigo.”
E Ele responde:
“Eu consegui por você.”
A maternidade não é a moeda que oferecemos a Deus; é o caminho que nos leva até Ele. Cada frustração, cada erro, cada lágrima — é uma oportunidade de olhar para Cristo e depender totalmente da Sua graça. Ele já pagou tudo. Não precisamos fabricar nossa salvação com perfeição ou sacrifício humano.
Então, quando junto os cacos da boneca que não funciona mais, limpo as lágrimas da minha filha e digo:
“A mamãe também estraga as coisas, sabia?”
Lembrando a ela e a mim mesma: estamos juntas. Crescendo. Aprendendo. Sendo salvas. Não pela perfeição, mas pela graça de Cristo, que nos encontra exatamente onde somos vulneráveis.
A maternidade nos leva a isso: não a mérito, não a autossuficiência, mas à dependência total de Jesus, àquele que nos sustenta e nos salva.
E aqui vai um convite para você, mãe: biblifique sua maternidade. Olhe para cada frustração, cada choro, cada erro, não como um peso ou falha, mas como uma oportunidade de refletir o cuidado, a graça e a fidelidade de Deus. Transforme cada ato de cuidado e cada momento de vulnerabilidade em um culto vivo, uma expressão de fé que aponta para Cristo. Não apenas sobreviva à maternidade — viva-a diante de Deus, permitindo que Ele molde seu coração e use sua fragilidade para aproximá-la Dele.
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As Escrituras
Sobre este Plano

Durante muito tempo, depois que minha primeira filha nasceu, eu questionei a Deus. “Por que, Senhor? Por que comigo é tão difícil?” Eu tinha estudado. Foi nesse lugar — frágil, silencioso, cansado — que o Senhor começou a me ensinar. De madrugada, enquanto amamentava. No escuro, com o coração apertado. Ele me encontrava ali. Entendi que a maternidade me levou para um território onde eu perdi o controle. Mas foi nesse território que a intimidade com Deus cresceu. Este devocional é um lembrete amoroso de que as madrugadas em claro podem ser um convite. Um chamado para perto.
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Gostaríamos de agradecer ao Priscila Macedo Brisolla por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.instagram.com/osdiasdeclallie
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