Reino Estranho por Ken CostaSample
Jesus foi traído por um de seus discípulos por trinta moedas de prata. Jesus foi preso, interrogado e julgado com provas falsas pelos chefes dos sacerdotes e líderes religiosos judeus do Seu tempo. Pedro, que era o principal defensor de Jesus, o negou, e Pôncio Pilatos e Herodes Antipas haviam questionado as motivações e a autenticidade de Jesus. Jesus foi açoitado com profusão, ridicularizado com palavras profanas, exibido como alvo de chacota: um rei falso com uma coroa de espinhos na cabeça. Não apenas isso, Ele também foi forçado a carregar nas costas o próprio instrumento da Sua execução. Se nos imaginarmos no lugar de Jesus, olhando para a multidão, cujas intrigas e estratégias tivessem nos colocado naquela situação, quais seriam as nossas primeiras palavras? Seriam palavras de misericórdia e graça?
As palavras que saíram dos lábios ressecados de Jesus foram: “Pai, perdoa-lhes”. Ao invés de pedir a Deus para dar aos seus assassinos o castigo justo, Jesus pediu a Deus que os perdoasse completamente. Jesus intercedeu em favor das pessoas que o torturavam, e em Gólgota, Ele serviu de exemplo ao repetir as palavras tantas vezes ditas por Ele durante o Seu ministério terreno: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5:44). E é o que Ele tem feito mais de dois mil anos depois. Jesus não está nos acusando da sala do trono dos céus, mas se coloca como nosso defensor e intercede por nós.
“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34). Suas últimas palavras foram uma oração. Ele poderia ter orado: “Pai, perdoa os pecados deles”. Afinal de contas, Ele perdoou os pecados dos outros. No entanto, caso quisesse ter dito, “Perdoa os pecados deles”, Ele teria dito essas palavras. Em vez disso, a conotação parece outra, mais branda. Jesus reconheceu que eles eram ignorantes. Na cruz, há o encontro mais estranho e mais bonito – um encontro definitivo entre os seres humanos no seu pior estado e Deus no seu melhor. Pai, perdoa-lhes, eles estão fazendo o melhor que sabem fazer. E, ao nos colocarmos diante da misericórdia amorosa dessas palavras, somos libertos pela graça mais extraordinária. Agora é um ótimo momento para pedir a Deus para trazer à memória qualquer coisa feia de que você queira se livrar – falhas, atitudes ruins, relacionamentos complicados – e em arrependimento e gratidão, peça a Jesus que as troque pela Suas virtudes.
Oração:
Senhor, como posso agradecer o que fez por mim na cruz? Obrigado por ter trocado os meus pecados pela salvação e a minha insignificância por propósito. Peço ao Senhor um coração humilde para receber o Seu perdão e um coração agradecido para saber que estou, hoje, vestido em Suas virtudes, amém.
Scripture
About this Plan
Saiba como o poder da cruz pode liberar sentido e propósito na sua vida diária. Esta reflexão meditativa e espiritual de Ken Costa analisa a cruz e o rei que morreu sobre ela. A obra de Cristo na cruz criou um reino que é, de fato, estranho, uma vez que um rei precisou morrer na cruz para poder criá-lo. É um reino onde o sofrimento e o abandono se transformam no poder da presença e vida, um reino onde um Rei troca presentes de grande valor por coisas sem valor algum, onde um ladrão se torna justo e um criminoso se torna o primeiro cidadão do céu. Dedique algum tempo para refletir sobre o estranho e inverso reino, onde coisas quebradas se tornam perfeitas.
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