Reino Estranho por Ken CostaSample
José resolveu pedir o corpo de Jesus. Ele não foi forçado a fazer isso; ele não foi escolhido para fazer esse trabalho difícil. Ele carregou esse fardo pela sua própria vontade e escolha. Será que ele queria mesmo honrar Jesus, mesmo na Sua morte? Segui-lo, até seu final momento? Acredito que essa seja uma questão muito importante e profunda para refletirmos. Quando concordamos em viver para seguir Jesus, devemos aceitar que vamos conhecer a glória da ressurreição, bem como o fardo da crucificação. Mas, todos nós temos alguns sábados quando tudo que temos é o peso e a responsabilidade de levar o corpo de Cristo nos nossos próprios braços.
Assim como José de Arimateia, carregamos o peso do Cristo morto. Literalmente, no caso dele, porém, quando concordamos em viver para seguir Jesus, devemos aceitar que vamos conhecer a glória da ressurreição, bem como o fardo da crucificação. No nosso caso, carregamos o peso dentro do nosso próprio ser. Às vezes, suportamos o silêncio de Deus em momentos de estresse em nossas vidas e nos nossos relacionamentos. Desejamos ouvir a voz de Deus e ver a Sua luz, mas a Sua ausência parece um peso sem vida sobre as nossas almas presas nas sombras. José de Arimateia carregou o cadáver de Cristo e suportou o silêncio que o acompanhava, mesmo sem saber que o dia da ressurreição, o domingo, estava chegando.
Levamos Cristo em nossos corações, e, por vezes, o peso desse fardo é tão grande que nos deixa desolados, abatidos e sem esperança. Essa é a parte entre o sábado e o domingo da nossa fé. Devemos reconhecer que a fé não se trata apenas da Sexta-feira Santa e do Domingo de Páscoa, a fé é, também, o silêncio do sábado. Em seu livro A Glorious Dark, o Dr. A. Swoboda escreveu: “Tanta coisa se encontra sobre aquele túmulo do Senhor que, em breve, vai ressuscitar. Está tão escuro. Tão frio. Tão assustador. O silêncio é ensurdecedor. Mas há esperança no túmulo”. “Emanuel, Deus conosco” é tão verdadeiro na escuridão do túmulo quanto no nascer do sol quando a pedra do sepulcro é removida. Jesus entrou no Seu sepulcro sozinho e desamparado, mas Ele não ficou lá. Jesus nos acolhe na esperança de que o domingo está por vir, que Ele está por vir. E isso muda tudo.
Oração:
Senhor, durante os meus sábados silenciosos, hoje ou quando eles vierem, escolho não prosseguir. Escolho dizer, com Maria Madalena, que você ainda é o meu Senhor. E confio que depois de cada sábado vem o domingo, depois da crucificação vem a ressurreição, e depois da morte, a vida. Venha, Senhor Jesus. Amém.
Scripture
About this Plan
Saiba como o poder da cruz pode liberar sentido e propósito na sua vida diária. Esta reflexão meditativa e espiritual de Ken Costa analisa a cruz e o rei que morreu sobre ela. A obra de Cristo na cruz criou um reino que é, de fato, estranho, uma vez que um rei precisou morrer na cruz para poder criá-lo. É um reino onde o sofrimento e o abandono se transformam no poder da presença e vida, um reino onde um Rei troca presentes de grande valor por coisas sem valor algum, onde um ladrão se torna justo e um criminoso se torna o primeiro cidadão do céu. Dedique algum tempo para refletir sobre o estranho e inverso reino, onde coisas quebradas se tornam perfeitas.
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