Quem És Tu, Cristão?Sample
Se a autossuficiência não é a nossa ilusão por excelência, deve andar lá perto. Tenhamos muito ou pouco, a última coisa que queremos é que os outros à nossa volta possam ter uma voz ativa nas nossas vidas. É aterrador pensar que podemos estar sujeitos a ouvir alguém com uma convicção que coloque em causa a nossa perspetiva. Nesse sentido, somos criaturas muito poupadas em pedir ajuda porque não queremos que o socorro, na sua virtude, nos traga desestabilização. A autossuficiência é tão natural que até nos momentos de aperto somos avessos a que os outros possam mostrar-nos que a nossa necessidade, bem vistas as coisas, é maior do que pensávamos.
A fé a que a Palavra nos chama não se traduz numa vida resolvida que se isola. Ela é vivida em comunhão, numa lógica em que o exame, começando em nós, se estende à igreja de Cristo. Este é um exercício que, dando agrura na correção, garante-nos doçura que de outro modo não existiria. A vida da igreja segue o padrão de Cristo - morte e ressurreição. Para que o nosso contentamento em Deus seja renovado é preciso que algum tipo de morte aconteça regularmente nas nossas vidas. Não é isto que santificação significa também?
Se em tudo isto colocarmos a nossa esperança nos homens, seremos as criaturas mais desesperadas de todas. Mas o chão que sustenta todo este edifício é a promessa de que, “pois, aquele que pede, recebe; aquele que procura, encontra; e a quem bate, a porta se abrirá”. Pedimos pouco (e mal!) porque, além de termos medo de ser colocados em causa, estamos cegos para a alegria que Deus quer dar-nos em Cristo. Precisamos pedir mais para ver melhor.
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És cristão? Nos próximos 16 dias vai ser questionado acerca da forma prática como vive aquilo em que diz que acredita. Desde a forma como descansa, como congrega, como testemunha, como serve, como se confessa, tudo vai ser trazido, à luz de outras histórias bíblicas, dos que viveram antes de nós.
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