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E pediu para si a morteExemplo

E pediu para si a morte

DIA 7 DE 12

Moisés e os setenta

Mais importante do que vermos o pedido de socorro de Moisés, ou mesmo seu grande medo de ter seu sonho frus­trado, é vermos a atuação de Deus no cuidado do Seu ser­vo, por meio de algo prático: a escolha de setenta pessoas para o apoiarem. Uma solução simples para o problema que Moisés apresentava, mas que ele mesmo não havia pensa­do como possibilidade — a delegação de funções para que o peso da tarefa não caísse somente sobre ele.

Porém, por mais simples que a solução tenha sido, a ação divina foi particularmente especial e instrutiva. E somente poderemos compreender isso, e ver a importân­cia do exemplo da ação preventiva de Deus com Moisés, se entendermos que o sofrimento pelo qual Moisés pas­sou não é tão raro quanto poderíamos pensar. São muitos os líderes que vivem presos a um apego à sua função, que não conseguem enxergar a necessidade de delegarem atividades e responsabilidades.

Em um artigo sobre suicídio de pastores e líderes, Cleydemir Santos lembra que o sentimento apresentado por Moisés é bastante comum na vida pastoral, especial­mente nos dias de hoje: “Este sentimento acompanha a vida de todo pastor e de todo líder, principalmente em uma época em que tudo tem que acontecer tão rápido e os resultados têm que vir em números e estatísticas”.

Assim, por mais que a história de Moisés seja de milhares de anos atrás, a cada dia ela se torna uma lição mais atual, em decorrência do aumento na cobrança que os pastores sentem sobre si. Uma cobrança que é sentida como um verdadeiro peso — tal como Moisés expressou — e que, infelizmente, muitas vezes termina com o sui­cídio de pastores.

Contra isso é fundamental que padres, pastores e pastoras, como lembra Marcelo Perpétuo, “tenham mentores, mentoras ou supervisores, supervisoras para manter um estado de prevenção e cuidado, ajudando-os

nas questões pessoais e sendo companheiro e compa­nheira”. Assim, deve-se ter uma rede de apoio para se “evitar o isolamento do trabalho religioso, que é prejudi­cial para a saúde mental”.

Hoje, fica cada vez mais evidente que a depres­são, considerada pela OMS como sendo o “mal do sécu­lo XXI”, vem marcando presença na vida de pastores e líderes. Estes não somente não estão isentos deste mal, mas também estão entre os mais afetados, de modo que, como bem apontou João Rainer Buhr, “o número de pas­tores que sofrem de depressão” e que acabam morren­do por suicídio “tem crescido tanto no Brasil quanto nos EUA”.

O sofrimento dos pastores, portanto, precisa ser vis­to e precisa ser tratado. Já não há mais como permanecer­mos naquela ilusão de que os pastores são pessoas isentas de problemas, pois tal visão nunca será realidade e, se for defendida, apenas tornará os problemas dos pastores ain­da mais pesados e difíceis de serem admitidos e tratados. Portanto, é fundamental que venhamos a ver a verdade nua e crua, a fim de favorecermos a prevenção contra o suicídio pastoral. Uma verdade que precisa considerar o sofrimento de pastores, superando um tabu que ainda existe nas igrejas a respeito do sofrimento pastoral.

As Escrituras

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Sobre este Plano

E pediu para si a morte

Para além dos casos de suicídio na Bíblia, há também os casos de prevenção ao suicídio: pessoas que quase desistiram, chegando ao ponto de pedirem para si a morte, mas que foram amparadas e cuidadas por Deus. Este plano de leitura traz a história de Moisés e fala sobre o cuidado de Deus na vida deste grande homem. Comece agora!

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