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E pediu para si a morte

DIA 12 DE 12

Mesmo que tenha tido “os mesmos sentimentos de medo do fracasso” que Aitofel, Moisés não se prendeu a eles, expressando-os diante de Deus e, assim, deixou seu papel como conselheiro para se tornar o aconselhado. Deste modo, Moisés foi para além de si mesmo: “não apenas ouvia as demandas para dar conselhos infalíveis; ele também falava”, ele não era apenas a voz de Deus para o povo, mas era também a sua própria voz quan­do buscava o auxílio de Deus. Ele, portanto, não apenas aconselhava, mas também buscava conselhos, começan­do pela ajuda d’Aquele que pode todas as coisas.

Por essa razão, ouvindo a Deus, Moisés pôde olhar para além daquele destino trágico que via à sua frente. Pôde ver a luz no fim do túnel, com a ajuda de Deus. Algo que Aitofel poderia ter feito, mas não fez. Afinal, Aitofel, vendo o problema no qual havia se metido, não conse­guiu olhar para além deste, não via qualquer alternativa ou possibilidade de solução. Ele, em sua visão limitada, não cogitou que haveria alguma possibilidade para além do que ele, um sábio e experiente conselheiro e estrate­gista, poderia imaginar.

Assim, limitado a si mesmo, Aitofel “nunca imagi­nou que poderia ser perdoado pelo Rei Davi”. E como poderia imaginar? Sua experiência dizia que todos os traidores seriam mortos, era este o costume e havia ra­zões para isso! Porém, “ironicamente, a primeira ação de Davi foi perdoar os traidores”, como Siba e Simei. E Aitofel, que não viveu para ver isso, possivelmente tam­bém teria sido perdoado. Poderia ter vivido e visto sua vida restaurada se tivesse olhado para Deus, em vez de limitado seu olhar aos seus problemas.

Porém, há ainda mais uma diferença em relação a Moisés e Aitofel: para além de ouvir a Deus, Moisés tam­bém buscou ouvir a outras pessoas, como bem destacou Cleydemir Santos: “Moisés não falava apenas com Deus. Isto é fundamental na vida do pastor e do líder, mas ao longo do percurso vemos Moisés falando e ouvindo pes­soas. Inclusive a família, como o sogro”, como pode­mos ver em Êxodo 18.

Em contrapartida, apesar de não estar explícito no texto, podemos imaginar, com Cleydemir Santos, que Aitofel era alguém solitário: “Não se dirigia a ninguém, não orava com ninguém, não se submetia a ninguém. Não tinha amigos. Tinha clientes, ovelhas, aconselhandos, mas era um solitário, inclusive de Deus”. E, por conta dis­to, não percebeu que essa era a sua grande desvantagem, a sua grande fraqueza. Ele, cujas palavras sempre “pa­reciam sábias, como se fossem um conselho dado pelo próprio Deus” (2 Sm 16.23), não percebeu que precisava deixar de ser conselheiro para buscar conselhos.

Diferentemente dele, Moisés, que tinha tendência a se isolar, foi levado por Deus a estar próximo a outras pessoas, que lhe ajudaram como conselheiros e amigos. Ao contrário de Aitofel, portanto, Moisés não se reduziu ao seu papel de conselheiro: compreendeu que mesmo ele, que era o conselheiro de todo o povo e a voz de Deus para este, precisava de conselhos.

Moisés compreendeu que mesmo ele, que era um escolhido de Deus, precisava de outras pessoas. Compreendeu que sozinho, já não era mais capaz, que precisava de ajuda! E que, mesmo sendo amigo de Deus, precisava de outras pessoas ao seu lado. Uma consciência que todos precisamos ter, por mais fortes ou espiritu­ais que pensemos ser. Uma consciência que todo líder e pastor, se quiser ajudar pessoas que sofrem, precisa ter: que antes de oferecermos ajuda, precisamos estar bem, e antes de ampararmos a outros, precisamos estar bem amparados com pessoas ao nosso lado!

Sendo assim, fica claro o quanto é importante que os pastores, hoje, tenham alguns cuidados, os quais foram destacados por Clarice Ebert e Claudio Ernani Ebert: que vi­vam a prática da “divisão das cargas com amigos e amigas que vivenciam mazelas parecidas”, que se percebam “como ‘ovelha’ que precisa de pastoreio”, e até, caso seja necessá­rio, “buscar por uma escuta de todas essas disfuncionali­dades de forma profissional e qualificada". Afinal, se até Moisés teve pessoas ao seu lado, quem somos nós para tentarmos andar sozinhos em nosso ministério.

As Escrituras

Dia 11

Sobre este Plano

E pediu para si a morte

Para além dos casos de suicídio na Bíblia, há também os casos de prevenção ao suicídio: pessoas que quase desistiram, chegando ao ponto de pedirem para si a morte, mas que foram amparadas e cuidadas por Deus. Este plano de leitura traz a história de Moisés e fala sobre o cuidado de Deus na vida deste grande homem. Comece agora!

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